RH como guardião da cultura organizacional: como a gestão de pessoas impacta diretamente a autenticidade e a reputação de uma marca no mercado.
Já parou para pensar que a reputação de uma marca funciona como um espelho? Ele reflete exatamente o que acontece dentro da empresa. Se os bastidores estão desalinhados, com uma cultura frágil e colaboradores desmotivados, não há filtro ou campanha publicitária que consiga esconder as rachaduras.
É por isso que o RH ocupa um papel essencial: ele é o guardião daquilo que será refletido para o mercado. Sem ele, a promessa da sua marca nunca chega ao público de forma autêntica.
A origem da reputação
Uma marca autêntica começa pelo que ela é, não pelo que diz ser. Ou seja, a autenticidade de uma marca não nasce do discurso, mas da prática. A cultura organizacional – criada e nutrida pelo RH – é a base para construir uma reputação sólida.
Quando os valores são vividos no dia a dia, eles deixam de ser apenas palavras bonitas. Eles se transformam em comportamentos concretos que fazem a diferença.
Um exemplo? Se a sua empresa prega “colaboração”, isso precisa estar presente nos processos internos – desde os feedbacks até as reuniões. Caso contrário, a desconexão entre o discurso e a prática será rapidamente percebida, tanto pelos colaboradores quanto pelo mercado.
Os primeiros embaixadores
Imagine que cada colaborador é uma vitrine da sua empresa. O que eles mostram ao mundo sobre a sua organização? Funcionários engajados e alinhados aos valores da empresa se tornam naturalmente os melhores embaixadores de uma marca.
Eles possuem uma credibilidade que nenhuma campanha paga consegue replicar, pois não estão “vendendo” um conceito, e sim compartilhando experiências reais.
Como começar:
• Invista em treinamentos que ajudem os colaboradores a entenderem a cultura e a missão da empresa.
• Incentive a equipe a compartilhar nas redes sociais (principalmente no LinkedIn) histórias sobre como os valores da empresa são vividos no dia a dia.
• Considere contratar uma empresa especializada em comunicação para orientar seus colaboradores na criação e execução de um plano estratégico de conteúdo.
Não tente criar embaixadores com roteiros prontos ou frases padronizadas. Histórias genuínas têm mais impacto.
Cultura e reputação são inseparáveis
Cultura organizacional e reputação são duas faces da mesma moeda. Clientes, parceiros e até futuros talentos têm acesso a uma ampla vitrine: as redes sociais.
O que eles encontram lá vai muito além de campanhas institucionais. Comentários de colaboradores e posts espontâneos ajudam a construir uma imagem mais autêntica da empresa, reforçando a credibilidade e a confiança do público.
Assim, o RH assume um papel estratégico ao garantir que a experiência interna dos funcionários esteja alinhada com o que a marca comunica externamente.
Algumas ferramentas práticas:
• Realize pesquisas de clima para identificar se os valores da empresa são vividos no dia a dia.
• Desenvolva campanhas internas que espelhem ações externas. Se a marca apoia causas sociais, por exemplo, crie oportunidades para que os colaboradores participem dessas iniciativas.
O papel do RH
A autenticidade não pode ser fabricada; ela precisa ser vivida. É aqui que o RH entra como um conector entre cultura, propósito e reputação, garantindo que o que é prometido seja entregue.
Como fazer isso acontecer?
• Crie rituais que reforcem os valores da empresa, como reuniões regulares para compartilhar conquistas e aprendizados.
• Utilize o storytelling para destacar histórias reais de colaboradores que representem os princípios da organização.
• Mantenha o foco na transparência: marcas que reconhecem desafios e comunicam as ações para superá-los conquistam mais confiança do que aquelas que tentam parecer perfeitas.
O espelho não mente. A imagem que o mercado tem de uma empresa reflete diretamente o que acontece dentro dela. Quando o RH coloca a cultura organizacional no centro da estratégia, transforma colaboradores em embaixadores e cria marcas autênticas, reconhecidas e confiáveis.
Fonte: MundoRH